Relatório
do Projeto de Aprendizagem
“Sem
a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo
nem ensino. Não se pode falar de educação sem amor”. (Paulo Freire)
Cabe
ressaltar que esse processo de planejamento e organização da prática pedagógica
é feito de forma flexível, favorecendo a “escuta“ das crianças e modificado ou
adaptado de acordo com o desenvolvimento e interesse da turma. A prática
pedagógica considera a relação da criança com a escola, com a família, com a
comunidade e com a sociedade, interagindo com o saber e com o aprender. Assim,
são planejadas as oportunidades em que as crianças realizam as atividades
propostas, tendo em vista seus recursos individuais e os limites inerentes ao
ambiente.
No
trabalho com projetos, o professor propõe situações de ensino baseadas na
observação das formas de explorar os objetos, dos interesses próprios da fase
ou estágio vivido, vidas descobertas espontâneas e significativas da criança. O
trabalho por projetos facilita os processos de construção de conhecimentos
porque oportuniza uma relação ativa de troca entre as crianças e os objetos de
seu interesse. Nesta perspectiva, ensina-se não só pelas respostas dadas, mas
principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela
ação desencadeada. Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando
atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados
objetivos.
A Turma NB1 é composta por 16 alunos, sendo 10
meninos e 6 meninas. O
período de adaptação foi tranquilo por considerar que a grande parte do grupo
já se conhecia e a integração de alguns alunos de outra turma foi se dando de
maneira progressiva no grupo. No qual se mostraram afetivos,
apreciando um colinho e carinho da professora. Cada criança apresenta um jeitinho,
tímido, extrovertido e levado de ser, que conquista a todos.
A turma demonstra-se comunicativa, participativa
e que gosta de desafios, instigando a novas descobertas. Além de apreciar as
estratégias que envolvam movimento e música, solicitam a todo o momento vídeos
musicais para que possam reproduzir os gestos e ritmos variados. Na rodinha de
conversa gostam de cantar gesticulando e mostrando ter um repertório amplo de
canções, sempre trazendo consigo alguma novidade para compartilhar no grupo.
Os trabalhos manuais em duplas e grupos na
maioria das vezes ocorrem de forma harmoniosa, mas em alguns momentos
demonstram dificuldades em relação à divisão ou uso comum de materiais e
brinquedos. Ao longo do projeto, foram adquirindo atitudes de companheirismo,
solidariedade e carinho, sendo instrumentos importantes para o crescimento
pessoal e cognitivo da turma. Agora ajudam uns aos outros, opinando nas
atividades propostas, destacando seus desejos e anseios.
O
material preferido do grupo é lápis de cor que utilizam nas atividades
espontâneas e no dia do livro que expressam suas emoções através do desenho.
Quando questionado o material ao ser utilizado nos trabalhos manuais, na
maioria das vezes sugerem o kit individual, contendo: giz de cera, caneta hidro
cor, lápis de cor, tesoura e cola, demonstrando domínio ao manuseá-los, criando
produções artísticas com capricho e entusiasmo, além de manter organizado este
material.
De modo geral, todo o grupo gosta de
ouvir e recontar histórias, passando com facilidade a imitar as personagens,
através do jogo simbólico. Nos momentos de conflitos, resolvem conforme
as combinações feitas pela turma, mas em alguns casos torna necessária a
intervenção da professora para que voltem a brincar tranquilamente.
O nosso projeto de trabalho foi: Agora Somos Crianças
“Grandes”? Partindo dos relatos das crianças, realizamos a rodinha com a
turma todos os dias, e nela surge assuntos e socialização de momentos com a
família, duvidas e certezas, curiosidades, medos e angustias com interesse
sobre o tema que gostariam de aprender. Coloquei para o grupo, o que criança
grande faz? Que era uma dúvida que surgiu nas rodas de conversa. A aluna Amanda
destacou o fato de vir caminhando para escola e não mais no colo dos pais,
durante a roda de conversa as crianças realizaram ótimas colocações em relação
de ser bebê e como agora eram grandes, dormindo sozinho no quarto, assim como
não chupam mais bico, não usam fralda e não tomam mamadeira. Nomeando o projeto
Agora somos crianças grandes, participando ativamente nas atividades de estudo,
pesquisa e aprendizagem. Afirmando sobre seu crescimento, diante das
aprendizagens vivenciadas ao longo da caminhada na escola SESI e principalmente
referente às atitudes desempenhadas em sala e no ambiente familiar. Destacando
assim, a importância da autonomia e responsabilidades de acordo a sua faixa
etária, possibilitando lidar com maturação seus sentimentos e o conhecimento de
si e do outro.
Realizamos a leitura do livro A caixinha de
Jéssica, que despertou o interesse da turma em conhecer e experimentar
alimentos, sentindo a sua textura, aroma e sabor. E dúvidas sobre a água, ao
utilizar durante a higienização dos alimentos, corpo e ao preparar as
culinárias desenvolvidas em sala. Conscientizando-se que para correr, pular e brincar
torna-se necessário desenvolver uma alimentação adequada para o crescimento
saudável. As estratégias desenvolvidas durante o projeto foram
aceitas pelo o grupo, demonstrando interesse e satisfação em desempenhá-las,
sendo visível o envolvimento das crianças e das famílias na coleta de materiais
e atividades a ser realizada com o auxílio.
Algumas estratégias foram modificadas de acordo a participação da turma
e outras foram relembradas pelas crianças a todo o momento, devido à alegria em
desempenhá-las, como a história, “As
mãos não são para bater”, quando se
desentendiam com o colega, os demais relembravam tais boas atitudes, dentro do
projeto demonstraram atitudes de carinho e afeto com a brincadeira do leão
de pelúcia, o Fred, com interesse e envolvimento de todos. Relacionadas
à história e a “A Caixa de Jéssica”, ao brincar com as caixas de diversos
tamanhos, que ainda utilizam em suas brincadeiras na sala, além mencionar com
frequência o CUPCAKE, desejando repetir à culinária.
Diante destes fatos entre outros, percebe-se que os objetivos do projeto
foram alcançados e as crianças estão evoluindo em suas aprendizagens diante das
estratégicas realizadas, tanto no individual quanto em grupos. Outro fator a
ser destacado é em relação à motricidade fina das crianças que evoluiu um pouco,
a maioria delas não estão mais utilizando os materiais solicitados (recorte,
colagem, desenho, modelagem, entre outros), somente como exploração, mas
procurando utilizá-los de forma a conseguir desempenhar a estratégia que foi
lançada ao grupo. Mostrando suas produções com orgulho e percebendo que são
capazes de realizar os trabalhos manuais de acordo com o projeto em estudo.
Porém, a turma vem demonstram dificuldade em desempenhar atividades que
exija concentração e reflexão em grupos e individuais, tornando-se necessário
desempenhar estratégias que possam vir aprimorar estas habilidades.
Outro fator a ser destacado é em relação à facilidade que as crianças
estão demonstrando, em criar estratégias (brincadeira), para definir qual
colega inicia a tarefa, criando assim, uma ordem de forma democrática, como a
visita do boneco Léo e a caixa da família, atividades de tema de casa. Além de
sugerir materiais a ser utilizados nas atividades manuais.
As crianças aprenderam muito com o
projeto, através de histórias, brincadeiras e atividades que motivaram algumas
crianças voltar a dormir em seu quarto e vir caminhando segurando sua mochila
até porta da sala, por considerar que já são “crianças grandes”, sendo visível
a autonomia e independência em suas atitudes quanto no ambiente familiar e
escolar. Mas algumas famílias ainda sentem-se resistentes a esse crescimento do
seu filho, apresentando uma fala infantilizada, considerando-o bebê.
A rotina do NB1 é diversificada a cada dia, de
acordo com o planejamento previsto pela professora, busca-se contemplar o
desenvolvimento das diferentes áreas de conhecimento, para que as crianças
adquiram múltiplas habilidades, desenvolvendo-se integralmente.
Vivenciando momentos divertidos e
significativos durante este semestre, no qual realizaram pesquisas no pátio da escola,
laboratório de informática e no âmbito familiar (tema de casa), na coleta de
materiais. Além das aprendizagens com o cine pipoca (cinema educativo). Envolvendo-se
nas culinárias saborosas relacionadas ao projeto em estudo.
A participação da família foi essencial para o
andamento das estratégias propostas,
sempre que necessário se mostram dispostos a ajudar. Esperamos contar sempre
com esta importante parceria.
Partindo desse contexto, o Nível B1 é movido pela
curiosidade, que descobrem e aprendem muitas coisas juntos, nesse mundo mágico
de fantasia e imaginação no qual a criança aprende aquilo que vivencia. Compartilhando
aprendizagens adquiridas neste período de experimentação e conhecimento na turma
dos “grandes”, como as crianças definiram, diante do seu crescimento e
maturação nas estratégias e projetos propostos.
A
característica principal dos projetos é a visibilidade final do objeto de
curiosidade e interesse ou a solução do problema construído por todos e
compartilhado entre as crianças. Ao final de um projeto, pode-se dizer que a
criança aprendeu porque teve uma intensa participação, pois se envolveu na
resolução de problemas de naturezas diversas. Soma-se a todas essas
características mais uma, ligada ao caráter lúdico que os projetos na educação
infantil têm.
Referencias
Aprendizagens do
futuro.pdf
FREIRE,
Paulo. Pedagogia da
Autonomia: Saberes Necessários à Pratica Educativa. 4 ed. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
Plano de Estudos Educação Infantil SESI-2016
Projetos de aprendizagem__Lea
Fagundes, Rosane Aragon e Crediné Menezes.pdf
Projeto Político Pedagógico SESI-2016
Vídeo explicativo
da meta 2 - Projeto Pedagógico em Ação pela professora Aline Hernandez
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