Percepção sobre o Brincar
Com
o brincar a criança desenvolve aos poucos a autonomia da sua aprendizagem. Ele
passa a buscar a sua própria aprendizagem, agregando maior responsabilidade a
sua participação acadêmica e desperta sua consciência. Através do lúdico
podemos auxiliar seu desenvolvimento em habilidades e competências na infância,
com esta diversidade de capacidades é possível buscar novas estratégias para
práticas pedagógicas que apóia o ensino-aprendizagem.
Segundo Vygotsky (1989) - um dos autores que embasam
teoricamente a proposta pedagógica da Creche Francesca Zacaro Faraco - o
brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando
a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar,
a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu
comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das
limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao
mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das
expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de
ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo
tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras
do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso
não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de
brincadeira.
O brincar permite o desenvolvimento cognitivo da criança,
aumentando o equilíbrio, coordenação e concentração, cultivando laços de
afetividade com respeito, igualdade, gentileza, solidariedade, troca de saberes
formando um individuo de atitudes e valores em nossa sociedade.
O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.
Gostava de brincar de amarelinha, esconde-esconde, jogo de
vareta, memória e quebra-cabeça, bambolê entre outras com minhas amigas, atividades
que estimulam à coordenação motora, a memorização, a concentração, exercício
físico e o equilíbrio.
Brincar com outras
crianças é muito diferente de brincar somente com adultos. O brinquedo
entre pares possui maior variedade de estratégias de improviso, envolve mais
negociações e é mais criativo (Sawyer, 1997). Assim, ao brincar com seus
companheiros, a criança aprende sobre a cultura em que vive, ao mesmo tempo em
que traz novidades para a brincadeira e ressignifica esses elementos culturais.
Aprende, também, a negociar e a compartilhar objetos e significados com as
outras crianças.
O brincar também permite
que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe
explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de
enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein
(1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da
criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus
sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.
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