quarta-feira, 13 de junho de 2018

O Fordismo e o Taylorismo



                                                 Figura: Portal SESI Educação

Os modelos de produção do Fordismo e do Taylorismo aceleraram o ritmo de trabalho nas indústrias e robotizaram o trabalhador nas linhas de montagem, tendo, entretanto, barateado os produtos para o consumidor.

No período da Segunda Revolução Industrial, a tecnologia se desenvolvia e a eletricidade e o petróleo tornaram-se as principais fontes de energia das indústrias. Diante disso, muitas máquinas foram criadas, otimizando a produção, além de terem surgido ideias e inovações de estudiosos, como o engenheiro Frederick Winslow Taylor, da cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, e Henry Ford, empreendedor também norte-americano.

No início do século XX, Taylor realizou estudos, buscando alternativas para evitar o desperdício, a demora e o descanso dos operários na indústria. Para tanto, analisou as atividades dos trabalhadores e das máquinas e chegou à conclusão de que a especialização favorecia a produção. Dessa forma, Taylor propôs a divisão do trabalho em exercícios específicos, com repetição similar às máquinas, teoria conhecida como Taylorismo.

As ideias de Taylor foram fortemente criticadas, uma vez que tornaram o operário um robô, impedindo-o de criar. Inicialmente, as dificuldades dos empresários foram a resistência dos trabalhadores e a falta de mão de obra qualificada. Entretanto, rapidamente as ideias foram aceitas e espalhadas para outras nações.

A teoria de Taylor foi aceita e praticada por Henry Ford, que a aperfeiçoou criando a produção em série, modelo conhecido como Fordismo. Nesse tipo de fabricação, os produtos são iguais e o custo, reduzido, sem permitir opções de escolha para o cliente. Um exemplo de produto daquela época foi o carro Ford, Modelo T, produzido em larga escala na sede da empresa de Henry Ford, no subúrbio da cidade de Detroit, nos Estados Unidos.

Assim como a Ford, outras empresas de automóveis e eletrônicos, por exemplo, possuem o sistema de produção baseado nas ideias do Fordismo e do Taylorismo, como a FIAT, cuja fábrica brasileira está instalada na cidade de Betim/MG, a Volkswagen, em São Bernardo do Campo/SP e a Samsung, em Seul, na Coreia do Sul.

Essas mudanças que ocorrem pelo avanço industrial tecnológico, por sua vez, comprometeram a organização do espaço no setor industrial e a localização das iniciativas industriais no território mundial e também no Brasil. Fazendo que as empresas busquem maior flexibilidade para se desenvolver, buscando modernização, a inovação tecnológica e a competitividade do setor industrial que dependem diretamente da qualidade do perfil educacional dos trabalhadores.

A contemporânea produção requer trabalhadores dotados de conhecimentos, competências e habilidades para desempenhar tarefas e enfrentar situações que supõem capacidade de tomar decisões, lidar com problemas complexos e instrumentais sofisticados, aplicar tecnologias avançadas e adaptar-se a novos cenários e demandas de produção. O pleno desenvolvimento do setor produtivo, em uma sociedade democrática, supõe a existência de trabalhadores cônscios dos direitos e deveres de cidadania e preparados para contribuir ativamente para o progresso econômico e social.

 

REFERÊNCIA
 
HILTON, Japiassu Fragmentação dos processos de produção (Taylorismo & Fordismo) e da cultura escolar” -Moodle
PINTO, Geraldo Augusto. A organização do trabalho no século 20: taylorismo, fordismo e Toyotismo. São Paulo: Expressão Popular, v. 1, p. 88, 2007.

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