sexta-feira, 1 de junho de 2018

QUEM É ALUNO DO EJA? QUAIS AS DIFICULDADES? pERTENCENTES NA SOCIEDADE? COMO INCLUIR?



1. Que conceitos consideras relevantes para a prática pedagógica em EJA? Quem é e como é o aluno jovem e adulto? Como você descreveria as características desse aluno? Quais são as características da linguagem e do pensamento do aluno jovem e adulto? Dê exemplos.

2. Quais são as maiores dificuldades dos alunos jovens e adultos em sala de aula e no cotidiano suas vidas?

3. O fato de os alunos pertencerem a diferentes grupos culturais (relações de classe, econômicas, etárias, étnicas, religiosas etc.) pode provocar diferenças no funcionamento cognitivo? Por quê?

4. Que elementos são fundamentais para que o trabalho na EJA seja bem-sucedido?

Considero necessária uma proposta pedagógica sócio interacionista, de abordagem dialógica, interdisciplinar e contextualizada, principalmente, no mundo do trabalho, onde o processo de aprendizagem está focado no desenvolvimento de competências e habilidades, de autonomia intelectual e busca da inclusão digital dos jovens e adultos, com o progressivo domínio do uso de ferramentas de informação e comunicação digital.

Segundo Koll, Os “focos de competência” são as pessoas que concentram, mais que outras muitas das habilidades necessárias para lidar com problemas cotidianos significativos. Além desses indivíduos com habilidades acima do nível básico de competência, observou-se que alguns sujeitos eram considerados por outros membros da comunidade como indivíduos com menos do que as habilidades básicas necessárias na vida cotidiana e, conseqüentemente, como pessoas não confiáveis para assumir responsabilidades no interior da vida da comunidade.

São alunos que por diversos motivos não concluíram seus estudos na idade regular e buscam a conclusão do Ensino Fundamental e/ou Médio, com vistas à inserção no mercado de trabalho ou exigências profissionais, prosseguimento de estudos no ensino médio, técnico ou superior.

Ainda que o foco da presente discussão esteja nos aspectos referentes ao conhecimento e à aprendizagem, é importante mencionar ainda que a exclusão da escola coloca os alunos em situação de desconforto pessoal em razão de aspectos de natureza mais afetiva, mas que podem também influenciar a aprendizagem. Os alunos têm vergonha de freqüentar a escola depois de adultos e muitas vezes pensam que serão os únicos adultos em classes de crianças, sentindo-se por isso humilhados e tornando- se inseguros quanto a sua própria capacidade para aprender (Oliveira, 1989).

Geralmente são trabalhadores da indústria ou comércio, oriundos de famílias de classe “C” e “D” e idades que variam de dezoito aos sessenta anos e alunos que são provedores ou colaboradores do sustento da família.

Compreensão de instruções, particularmente quando por escrito, também constituía, ainda, grande parte do problema a ser resolvido. (Oliveira, 1987, p. 19-29)

Para ser possível um novo salto de qualidade, é indispensável que a Escola revise a forma como organiza os tempos e os espaços para a aprendizagem presencial e a distância, hoje em desenvolvimento, priorizando a formação interdisciplinar para o Mundo do Trabalho nos momentos presenciais destes dois níveis de ensino.

Ao final da escolaridade, o aluno estará preparado para "Ler" o mundo, o que significa estar habilitado ao uso de diferentes linguagens (verbal, matemática, corporal, etc.), atuando no seu entorno social e no seu espaço de trabalho de forma produtiva e ética;

Evidenciando as competências necessárias para o mundo do trabalho e apresentar facilidade para se comunicar (domínio da língua materna, das ferramentas da tecnologia da informação), assim participado da sociedade demonstrando responsabilidade socioambiental (ética, valores e visão sistêmica).

Apresentando competências e habilidades empreendedoras (demonstrar criatividade, inovação e o assumir de riscos, bem como a capacidade para planejar e gerenciar projetos com vista a atingir determinados objetivos) e sentindo-se integrado à identidade da sua comunidade e a sua identidade pessoal, a partir do autoconhecimento e da aquisição de habilidades sociais com sua bagagem cultural.

Apresentar as habilidades necessárias para aprender permanentemente.

Segundo Kool, é esse conjunto de fatores e não a idade cronológica perse, o que determina boa parte das probabilidades de êxito que as pessoas apresentam, ao enfrentar as diversas demandas de natureza cognitiva. (Palacios, 1995,p. 312)

Aprender é um processo silencioso, de difícil mensuração, que se opera em um organismo motivado por predisposições internas e estímulos externos significativos. É um crescer contínuo e a cada etapa vencida uma nova é preparada, permitindo ir além, assimilando conceitos, procedimentos, ritos e normas que permeiam as relações sociais.

Referências:

OLIVEIRA, Marta Khol. Jovens e Adultos como Sujeitos de Conhecimento e Aprendizagem. In: Revista Brasileira de Educação Set/Out/Nov/Dez 1999 n.º 12. Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, setembro de 1999. Disponível em: 01/6/18 MOODLE UFRGS

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