domingo, 5 de julho de 2015


         A arte de viver das novas gerações Capítulo: Projeto Participação P. 172/ 

         Filme: Todos somos diferentesArquivo


               A escola que acompanho o processo de aprendizagem promove espaço para elaboração de regras de convivência, explicando direitos e deveres, em conjunto com os pais ou responsáveis, professores, funcionários, alunos e demais membros da comunidade escolar, como forma de exercício da democracia participativa, diálogo, justiça e igualdade, valores, ética, cidadania e responsabilidade.
          Entendemos que as atitudes dos educadores em sala de aula são decisivas para a conquista da convivência harmoniosa dos alunos e para o fluxo tranquilo das atividades desenvolvidas durante as aulas.  A conscientização de que as regras deverão ser cumpridas para haver um âmbito educacional feliz e ético, devem ser trabalhadas interdisciplinarmente ao longo do ano letivo para incentivar os alunos a valorizarem regras e leis como elementos necessários à convivência social, levando a turma a adquirir consciência dos imperativos éticos e a cumpri-los prazerosamente, tornando o aluno um ser participante e atuante nas regras de convivência.
            A escola desenvolve projetos que proporcione a discussão a respeito da importância de algumas regras existentes na sala de aula e na escola, para que sejam do conhecimento de todos, construindo a consciência crítica coletiva de que as regras só têm valor real se forem aplicáveis a todos, em benefício do próprio grupo, enfatizar as consequências do desrespeito a certas regras. Buscando conscientizar os alunos da importância do cumprimento das regras para um convívio proveitoso e saudável.
            A família neste contexto é peça fundamental na formação da educação dos seus filhos, cabendo a ela agregar os valores éticos e morais consolidados na nossa sociedade, bem como corrigir o comportamento inadequado dos filhos. No ato da matricula, os responsáveis pelo aluno assim um termo que contém as Normas de Convivência Escolar, abaixo, comprometendo-se em firmar esta parceria com a escola na busca de um ambiente equilibrado e que proporcione a aprendizagem de todos livre de descriminações ou ações indevidas.
            Em caso de indisciplina, agressões verbais ou físicas, que não estejam adequadas ao ambiente escolar, o aluno será advertido de forma escrita por até no máximo três vezes e os responsáveis serão comunicados e em casos graves a advertência pode ser convertida em suspensão, convite de transferência do aluno ou afastamento cautelar do convívio escolar, conforme parecer do Conselho Estadual de Educação (CEEd) número º 282/2015, Processo CEEd nº 50/27.00/13.0.  Mesmo não concordando tenho que aceitar pois consta nas regras de convivência do PPP da escola, entretanto eu acredito que este tipo de aluno tem de ser resgatado e ter um acompanhamento de profissionais para auxilia-lo, pois, estes desvios de comportamentos expressam um pedido de ‘socorro’ ao meu entendimento. Conforme abordagem do filme alguns alunos têm dificuldades de aprendizagem, dentro do contexto o personagem principal apresentou dislexia e falta de atenção, concentração e habilidades para realizar algumas tarefas. Distúrbios visto como indisciplina pela professora e família, trazendo humilhação, sofrimento e isolamento da família quando o mandam para o colégio interno. Então com o auxílio de um professor que percebeu suas dificuldades, adaptou outras formas para o desenvolvimento do aluno.
Os problemas, conflitos familiares, transtornos e distúrbios que apresentam maior impacto no processo de aprendizagem escolar que passam despercebidos pela família, amigos e professores. Podemos perceber em algumas características:

• Compartilhamento – envolve cooperação nos níveis cognitivo e afetivo;
• Individualização – considera o ser como único no processo de aprendizagem;
• Automodificação – acredita na capacidade de realização do que é proposto;
• Significado – envolve respeito ao valor, aos objetivos;
• Competência – relacionado a auto-estima e autoconfiança;
• Reciprocidade – implica em troca, cooperação e envolvimento;
• Planejamento – traçar metas educacionais e analisar os meios de alcança-las.
Podemos resumir as perspectivas com característica:
Organicista- Essa concepção das dificuldades de aprendizagem, enquanto DCM, surgiu na França, no final do século XIX e foi classificada pelos historiadores da área como Organicista, pois levantava hipóteses sobre doenças neurológicas e orgânicas dos alunos que não aprendiam. Sendo assim, os médicos se ocuparam em interpretar as dificuldades de aprendizagem que ocorriam na escola.

Psicologia Cognitiva- Em um segundo momento da história da educação brasileira, na década de 80, as dificuldades de aprendizagem foram o foco de estudo da Psicologia Cognitiva. Segundo Sena (1999), supunha-se que as causas das dificuldades de aprendizagem estavam relacionadas a disfunções psicológicas, envolvendo um ou os quatro processos psicológicos fundamentais, que são: a percepção, a memória, a linguagem e o pensamento. Assim, a investigação das causas para as dificuldades de aprendizagem se pautava no método comparativo, ou seja, os psicólogos comparavam um grupo de crianças que aprendiam normalmente a um grupo de crianças que apresentava algum tipo de atraso no processo de aprendizagem.

Afetiva- A perspectiva Afetiva explicava o fracasso escolar como consequência de algum conflito emocional (consciente ou não) de origem familiar. Logo, a responsabilidade pelas dificuldades de aprendizagem da criança centrava-se nela mesma e em sua família.

Questionamento da Escola- A abordagem “Questionamento da Escola” priorizava investigações de fatores escolares como geradores das dificuldades de aprendizagem. Entre esses fatores, destacavam: “a inadequação dos métodos pedagógicos, as dificuldades na relação professor-aluno, a precária formação do professor, a falta de infra-estrutura das escolas da rede pública de ensino” (Castanheira e Santiago, 2008, p. 5).
Nessa abordagem, acreditava-se que a causa da não aprendizagem (ou dificuldades de aprendizagem) estava centrada exclusivamente na escola que não ensina.

Desvantagem Sociocultural- Nessa abordagem as dificuldades de aprendizagem e o fracasso escolar são gerados pelo meio sócio-familiar. Segundo Castanheira e Santiago (2008, p.6) “um argumento central na articulação dessa abordagem é que as crianças das camadas populares, cuja distribuição de riqueza, numa sociedade capitalista, é desigual, apresentam uma linguagem deficitária o que, em consequência, implicaria déficit cognitivo”.

Referências

https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1252181/mod_resource/content/1/viver-novas-geracoes-digitalc3aa-completo-1.pdf
Filme, Somos todos diferentes
Projeto Político Pedagógico 2015, E.E.F Tome de Souza

Psicologia do desenvolvimento de aprendizagem –Uniasselvi 2011

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