sexta-feira, 23 de junho de 2017

Constituindo uma gestão democrática? Conselho Escolar?


INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ESPAÇOS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA PÚBLICA.

É preciso que os pais e responsáveis participem das decisões nas escolas públicas, até mesmo podem participar do conselho escolar. Constituindo uma gestão democrática.
Segundo Dalmo Dallari (1998, p.14): A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do próprio grupo social.
A democracia depende da educação para fortificar-se e consolidar-se, a educação necessita da democracia para seu completo desenvolvimento, pois a educação é uma semelhança entre pessoas livres em graus desiguais de amadurecimento humano. Considerando a importância de democracia e cidadania e observando um paralelo com as experiências e vivencias na escola, verificamos que seu essencial exercício ainda é um conceito em construção na nossa sociedade.
Saviani (1999, p.54) ressalta que: A relação entre educação e democracia se caracteriza pela dependência e influência recíprocas.
Na lei de diretrizes e bases de 96, o conselho escolar é um órgão privilegiado com finalidade de atuar na gestão da escola, indicando melhoria de qualidade da educação pública, sendo composto pelos representantes eleitos de toda a comunidade escolar, pois alunos, pais e funcionários escolhem dois representantes cada tendo formação de 50% da comunidade externa e 50% de pessoas que trabalham na escola. Organizados em grupos de seguimento, sendo 1 titular e 1 suplente, acercar-se conselheiros de acordo com número de alunos atendidos com uma separação igualitária de poder dentro do conselho escolar.
A gestão democrática da educação foi legitimada com a promulgação da Constituição de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, cujo artigo 14 contém as seguintes determinações:
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na Educação Básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 7 I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola; II. Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares e equivalentes.
Como ao projeto Político-Pedagógico, para que se possa falar em escola cidadania, autonomia e participativa, este deve ser estabelecido com todos da comunidade escolar. Neste caso, a gestão democrática é responsável pela administração, preparação e acompanhamento do projeto de educação, o qual, assim, deve ser baseado em um exemplar de homem e de sociedade.
Conforme o texto instâncias colegiadas: espaços de participação na gestão democrática da escola pública do moodle:
O referido Projeto Político – Pedagógico elenca alguns elementos essenciais à prática da gestão democrática:
Autonomia – luta para resgatar o papel e o lugar da escola como eixo do processo educativo autônomo, não sendo a escola uma mera reprodutora de ordens e decisões elaboradas fora de seu contexto. Participação: a participação é condição para a gestão democrática: uma não existe sem a outra. Participar significa todos contribuírem, com igualdade de 9 oportunidades, para algo que pertence a todos: a escola pública.
A participação não diz respeito apenas à comunidade interna, mas também à comunidade externa à qual a escola serve.
Clima organizacional: determina a vontade dos membros de participar ou alienar-se do processo educativo. Isso depende muito das relações que se estabelecem no interior das escolas. Para que haja a participação, é fundamental que os objetivos das ações estejam sempre muito claros, que as pessoas sejam situadas como sujeitos, pois apenas sujeitos são cidadãos capazes de se comprometer e participar com autonomia. Alguns dos espaços que favorecem a participação coletiva são as instâncias colegiadas, que, a partir da década de 80, passaram a ser priorizadas no discurso sobre gestão democrática.
 Com o foco fundamental e principal de poder contribuir com a melhoria da qualidade da educação, possuindo as funções deliberativa, fiscalizadora, consultiva, mobilizadora e pedagógica.
A participação do conselho deve se dar de forma autônoma, espontânea e consciente.
Segundo Werle (2003, p.60): [...] não existe um Conselho no vazio, ele é o que a comunidade escolar estabelecer, construir e operacionalizar. Cada conselho tem a face das relações que nele se estabelecem. Se forem relações de responsabilidade, de respeito, de construção, então, é assim que vão se constituir as funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras. Ao contrário, se forem relações distanciadas, burocráticas, permeadas de argumentos, tais como: ” já terminou meu horário”, “ este é meu terceiro turno de trabalho”, “vamos terminar logo com isto”, “não tenho nada a ver com isto”, com que legitimidade o conselho vai deliberar ou fiscalizar?
Consultiva, quando o conselho emite uma opinião, sobre determinado assunto da escola.
Deliberativa, é semelhante a consultiva, porém possui efetividade de implementação após debate.
Mobilizadora, oportuniza mobilizar seus seguimentos, que envolve os diversos assuntos da escola.
Fiscalizadora, refere-se a fiscalizar e acompanhar a gestão pedagógica, administrativa e financeira e na função avaliativa o conselho escolar deve acompanhar os resultados alcançados pela escola, nos processos internos e externos (MEC) objetivando identificar os problemas e debater sobre ações a ser tomada para melhoria dos resultados.
Os pais e responsáveis devem saber quem os representa no conselho para que possam seguir os debates e discussões que são realizadas nas reuniões, e a cada dois anos podem ser trocados os conselheiros e algum integrante da comunidade escolar pode candidatar-se.
Há um documento oficial que rege e normatiza a ação do conselho, dos mandatos e a configuração de como deve ser feito o processo de escolha de seus membros, descentralizando as decisões no ambiente escolar.

Referencias





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