quinta-feira, 29 de outubro de 2015


Estou muito muito muito feliz, após receber a notícia de que meu artigo, sobre DIÁLOGOS E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NO AMBIENTE ESCOLAR, será publicado no livro Reflexões Contemporâneas em Educação III, da querida Orientadora Daniela Hirschmann. 

Com meu olhar auto-crítico sempre acredito que poderia ter ficado melhor, mas na correria do dia a dia foi o melhor que pude fazer naquele momento.
Estou ansiosa para ler o livro e conhecer o trabalho de colegas, que com certeza traz reflexões aprofundadas de nossas experiências.

terça-feira, 27 de outubro de 2015




"E se olhar nos meus olhos,
vai ter esperança,
vai ter brilho,
vai ter coragem
vai ter amor, 
e o que de bom ainda tiver
(Incomode-se quem quiser).
Porque esse meu coração
tem a eterna mania de ter fé."
Rachel Carvalho




segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Educação infantil e sociedade questões contemporâneas ?

Educação infantil e sociedade questões contemporâneas ?

Nova concepção de infância: 
No momento em que se passava a dar atenção à especificidade da criança, e em suas diversas etapas de desenvolvimento, toda a pedagogia era colocada em questão.
A criança, o adolescente, o jovem estavam escondidos na figura de um aluno passivo, receptor de conhecimentos e valores, que era entendido principalmente enquanto projeto de futuro adulto.
É preciso ter uma pedagogia, explicitar um modelo pedagógico, o que supõe também a adoção de uma gramática pedagógica capaz de sustentar aquela práxis educativa baseada na concepção de criança que requer uma escuta e condições de aprendizagem que a respeitem enquanto sujeito social.
No caso da educação infantil, uma pedagogia que procure favorecer o respeito à criança pequena encontra-se em construção. As condições que presidem essa construção não são as mais favoráveis para a adoção de práticas que contemplem a concepção contemporânea de criança.
Mesmo quando procura negar algumas características da escola primária, a pré-escola a tem como referência


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Infâncias e pós-modernidade

Após a leitura do texto sobre a mídia e consumo na produção da infância pós-moderna, podemos observar as características deste período marcado pelo consumismo, mídias e cultura de consumo.
A sociedade para Bauman desenvolve-se em torno do consumo, sendo estimulada para serem consumidoras de bens cada vez mais descartáveis, gerando maior quantidade de lixo no qual é um problema nos dias de hoje. Fazendo esta ligação com o tema que abordei no meu trabalho de conclusão do curso de gestão ambiental, acompanhando uma associação de reciclagem desenvolvendo atividades sócio-ambientais.
A mídia domina o cotidiano através de sua divulgação e propagandas em volta de produtos e marcas desconhecidas transformando estes em objeto de desejo mundial. Realizando marketing e publicidade em volta de um produto, estimulando cada dia mais o consumo, assim como para Jameson essa liquidez resulta em uma cultura sem profundidade na qual se termina com a diferença entre alta-cultura e cultura de massa, iguala-se em valor.
Essa cultura de consumo é uma característica da sociedade pós-moderna, influenciada pelo consumismo em massa trazendo como conseqüência a automatização da produção, que está ligada à complexidade do ser humano onde envolve seus desejos, hábitos, valores numa proporção crescente. A cultura de consumo da pós-modernidade faz com que as pessoas diminuam sua habilidade de organização ligando seu passado e seu futuro. Para Jean Baudrillard, a transformação da mercadoria em símbolo foi a fatalidade do capitalismo no século XX.

A liquidez e solidez me trouxeram reflexões sobre meu estágio, com atividades desenvolvidas no município de Esteio em escolas municipais e palestras para a comunidade que estão diretamente relacionadas com questões ambientais, sobre lixo e saúde coletiva. Com objetivo de sensibilizar a todos do ambiente escolar em relação aos problemas existentes do “consumo” na área de posse responsável com adoção de animais, que não são bens descartáveis. http://posseresponsavel.zip.net/

Como Bauman coloca liquidez e solidez é usada como metáfora, maneira de expressar o consumismo ligando Liquidez (fluidez, flexibilidade, impermanência) e Volatilidade (descarte, hiperconsumo, comprismo) neste tempo onde nada mais é sólido, citando a teoria de FORD cuja principal característica é a fabricação em massa.
Na sociedade contemporânea a mídia tem sido uma das principais influências de consumo com lançamentos de bolsas e acessórios, roupas, esmaltes e diversos produtos de consumo em massa através de personagens de novelas, artistas, propaganda, etc. Passando a idéia de beleza como sinônimo de saúde, podemos constatar tal idéia com a divulgação da própria mídia, devido o aumento gradual em cirurgias plásticas e estética padronizando corpos com silicone e lipoaspiração. Tenho amigas que já se tornaram compulsivas com este padrão de beleza, pois sempre estão gastando o dinheiro que não tem com retoques de plástica, botox e demais procedimentos em busca de um ‘corpo perfeito ‘.

Em relação e à juventude (mas sem descartar as múltiplas idades da vida), Costa (2006a, p. 2) também argumenta que experimentamos novas formas de sermos humanos:
O excesso de informação, as formas emergentes de comunicação e interação interpessoal, a interpelação pelas mídias, as novas versões de entretenimento, entre tantas outras experiências deste admirável mundo novo, estão mudando a maneira de ser das crianças e jovens, embaralhando tudo que achávamos que tinha um lugar certo, verdadeiro e lógico. Nossas identidades tornaram-se deslizantes, múltiplas e escorregadias, e podemos ser de muitos jeitos.
Conforme o texto foi possível perceber influência do mundo contemporâneo na educação infantil, crianças levam para o ambiente escolar produtos divulgados na mídia, como brinquedos dos super-heróis , monster-ray, entre tantos outros.  Utilizando esse orifício para incentivar o consumismo e vendas desde a infância,  a criança é estimulada a apreciar o TER, como uma maneira de felicidade instantânea, essas “crianças do consumo” transformam-se em adolescentes iludidos de que a felicidade é algo que se pode comprar como debatemos nos fóruns anteriores.

Vou colocar linck de um vídeo: A HISTÓRIA DAS COISAS COMPLETO DUBLADO EM PORTUGUES ( capitalismo, consumismo e meio ambiente ), muito comentado durante minha aprendizagem no curso de gestão ambiental que é muito pertinente com o assunto que estamos estudando no momento.



                                         Conscientização da reciclagem e posse responsável
                                            Escola Municipal Oswaldo Aranha- Esteio

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A Maquinaria Escolar


Após a leitura é possível constatar que a criança era tida como uma espécie de instrumento de manipulação ideológica dos adultos e, a partir do momento em que elas apresentavam independência física, eram logo inseridas no mundo adulto. A criança não passava pelos estágios da infância estabelecidos pela sociedade atual. Outro fator importante era que a socialização das crianças durante a Idade Média não era controlada pela família, e a educação era garantida pela aprendizagem através de tarefas realizadas juntamente com os adultos. Sob forte influência da igreja. A igreja elaborava programas educativos a fim de doutrinar jovens dentro de um contexto missionário. a infância começa a configura-se a partir do século XIV.
A compreensão a respeito da infância, é algo muito recente na história da humanidade, tendo sido influenciada determinantemente por questões moralistas e cristãs, conforme apontam os estudos de Varella e Alvarez-Uria, transcritos no texto “A Maquinaria Escolar," escrito em 1992.
     De acordo com Áries, as crianças eram vistas nos séculos XIV, XV e XVI como um adulto em miniatura, sem emoções ou razões que justificassem sua existência.  Eram inseridas na sociedade de qualquer forma, sem levar em consideração as poucas possibilidades que sua estrutura física e mental tinha para determinadas tarefas, ou seja, a criança vivia misturada ao mundo adulto de tal maneira que não havia diferença quanto a forma de vestir, jogos, atividades, aprendizagens e até mesmo, em relação ao mundo do trabalho.

 Mais tarde aparecem as fases do desenvolvimento humano principalmente a infância e suas características começam a ser compreendidas. Na visão do historiador isto foi um grande avanço. Nota-se que existia uma enorme diferença de tratamento entre infância de pobres e ricos.

Entendemos que após esse longo período de “não existência da infância” percebe-se a necessidade de uma nova postura para com estes novos membros da sociedade, do séc XVI ao XVIII, a partir das novas famílias que surgiam, viu-se a necessidade de ver com outros olhos essas crianças de forma que ao separá-los, isolá-los, dos adultos ficava mais fácil, educar com propósito que desejassem.
Assim separavam também as classes sociais, os mais pobres seriam educados a fazer bem o que lhes era solicitado e obedecer sem questionar, sempre poderiam ser manipulados e os filhos ricos seriam educados diferentemente para futuramente poderem fazer parte de uma elite, de um grupo de governo, de liderança. Criou-se a escola, para ser um ambiente que se ocupava em reter essas crianças e adolescentes e lhes ensinar o que era preciso aos olhos dos governos.
Mesmo diante dessas mudanças, até a entrada do séc. XIX as crianças pobres ainda tinham muito de igual aos adultos, ainda eram cobradas e ajudavam no trabalho e se vestiam como adulto.
No séc. XIX que surge com mais força essa concepção de bebê, aquele ser plenamente dependente da família. Segundo Ariès o sentimento entre a família para com as suas crianças, seus bebês só aparece no início do séc. XIX.
Caminhamos bastante desde a Idade Média até os dias de hoje. A criança saiu do anonimato e tornou-se centro da vida das famílias. Ocorreram muitas mudanças dramáticas, mas o principal é os pais conseguirem encontrar um equilíbrio entre as diversas tarefas profissionais e domésticas, mas jamais se esquecer da responsabilidade de se criar e educar seu filho. Com tudo que aprendemos, fica aqui um alerta: os professores podem auxiliar os pais a perceberem que o mais importante é a criança saber que é amada. E importante na vida de seus pais é que nada substitui os momentos no qual passam juntos.