quarta-feira, 25 de novembro de 2015


Percepção sobre o Brincar



Com o brincar a criança desenvolve aos poucos a autonomia da sua aprendizagem. Ele passa a buscar a sua própria aprendizagem, agregando maior responsabilidade a sua participação acadêmica e desperta sua consciência. Através do lúdico podemos auxiliar seu desenvolvimento em habilidades e competências na infância, com esta diversidade de capacidades é possível buscar novas estratégias para práticas pedagógicas que apóia o ensino-aprendizagem.
Segundo Vygotsky (1989) - um dos autores que embasam teoricamente a proposta pedagógica da Creche Francesca Zacaro Faraco - o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de brincadeira.
O brincar permite o desenvolvimento cognitivo da criança, aumentando o equilíbrio, coordenação e concentração, cultivando laços de afetividade com respeito, igualdade, gentileza, solidariedade, troca de saberes formando um individuo de atitudes e valores em nossa sociedade.
O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.
Gostava de brincar de amarelinha, esconde-esconde, jogo de vareta, memória e quebra-cabeça, bambolê entre outras com minhas amigas, atividades que estimulam à coordenação motora, a memorização, a concentração, exercício físico e o equilíbrio.

Brincar com outras crianças é muito diferente de brincar somente com adultos.  O brinquedo entre pares possui maior variedade de estratégias de improviso, envolve mais negociações e é mais criativo (Sawyer, 1997). Assim, ao brincar com seus companheiros, a criança aprende sobre a cultura em que vive, ao mesmo tempo em que traz novidades para a brincadeira e ressignifica esses elementos culturais. Aprende, também, a negociar e a compartilhar objetos e significados com as outras crianças.

O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

brincar


Crianças precisam de tempo: por que é importante brincar sozinho?


Passar o máximo de tempo com os pequenos e acompanhá-los em suas descobertas diárias é supersaudável. No entanto, é importante não perder de vista que as crianças também necessitam de tempo a sós. Sobretudo na rotina atribulada em que a maioria das famílias vive hoje, com pouco tempo de silêncio e tempo livre, proporcionar aos pequenos horas de tranquilidade e solidão traz benefícios significados para a forma de elaboração do mundo e de si mesmas. Na hora da brincadeira, não seria diferente. O Tempojunto pensou nisso e preparou algumas dicas para os momentos em que as crianças demonstrarem que querem brincar sozinhas.


sexta-feira, 20 de novembro de 2015


Escola Nova no Brasil 


Como Anísio Teixeira aparece ao lado de diversos textos e poemas de Cecilia Meireles qual eu gosto muito, fiz a reflexão com base em seu poema a Reinvenção, assim como a vida a educação só é possível se for reinventada.


Reinvenção

A vida só é possível
reinventada.
Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas…
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo… — mais nada.
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.
Não te encontro, não te alcanço…
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.
Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

A escola precisa reinventar-se e buscar a renovação para atender novas realidades, estabelecendo uma relação do aluno com o meio.
É fácil reconhecer como a escola, filha privilegiada do Iluminismo moderno, exerceu e continua exercendo um poderoso influxo etnocêntrico. A escola está reforçando de maneira persistente a tendência etnocêntrica dos processos de socialização, tanto na delimitação dos conteúdos e valores do currículo que refletem a história da ciência e da cultura da própria comunidade como na maneira de interpretá-los como resultados acabados, assim como na forma unilateral e teórica de transmiti-los e no modo repetitivo e mecânico de exigir aprendizagem. (Pérez Gómez, 2001, p. 35)

A escola é uma instituição com papel essencial na sociedade, a cultura tem compromisso de tornar o aluno consciente de ser um indivíduo integrante do mundo, que promove e as cria, estabelecendo relações entre diversas formas de cultura e de seu meio. Promover e oportunizar espaços de verificação de novas culturas e saberes, produzindo trabalhos artesanais, dramatizando cenas de aspectos regionais, dança, teatro, valorizando a cultura popular. Buscando o desenvolvimento de valores humanistas de solidariedade, fraternidade, justiça social, honestidade, responsabilidade e respeito às diferenças, privilegiando a formação do caráter e aspectos religiosos. Formando o indivíduo com sensos críticos, participativos, autônomos, socialmente justos, solidários igualitários e democráticos comprometidos com as transformações sociais e capazes de conviver e relacionar-se em sociedade e realizando atividades conjuntas. Precisa auxiliar o aluno a compreender o papel do trabalho na formação profissional, entendido como socialmente justo e economicamente viável, ambientalmente sustentável, solidário e igualitário.

domingo, 15 de novembro de 2015

RECURSOS DA ESCOLA PÚBLICA FRENTE A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS 

A disciplina de Fundamentos de alfabetização me auxiliou muito no meu estágio de psicopedagogia, onde o  objetivo principal do estudo é buscar, comunicar e difundir os encaminhamentos possíveis na realidade da escola pública estadual gaúcha, a partir das ações efetivadas frente a situação da defasagem de aprendizagem do aluno X, afim de que se possa desvendar o real impedimento da aprendizagem por parte do aluno e assim orientar a família na busca de um diagnóstico especializado buscar tratamento e solução ou diminuir seu atraso de aprendizagem através de atividades de intervenção pedagógicas.

Após 16 horas de observação da turma e com olhar direcionado aos alunos apontados, selecionou-se aleatoriamente um dos alunos que apresentava alguma deficiência de aprendizagem, aqui denominado como Aluno X, para aprofundar a investigação das possíveis intervenções pedagógicas que poderiam auxilia-lo a superar suas dificuldades de aprendizagem.

Conforme estamos estudando na disciplina, apliquei material Concreto de figuras geométricas em madeira, folha de oficio colorida, lápis e borracha, fichas de gravuras com desenho das formas geométricas no cotidiano.

A alfabetização é um processo complexo e que não tem idade certa para acontecer, mas contudo não se dá simplesmente pelo treino de habilidades de “codificação” e de “decodificação” de símbolos e códigos. Este processo perpassa pela bagagem cultural que circunda o mundo do aluno, assim como suas experiências sociais, emoções, sentimentos que estão intimamente ligados a forma como o mesmo se expressa na escrita, na fala e como realiza a leitura. Recursos utilizados: Figuras fotocopiadas, cola, tesoura e lápis de cor.
No linck segue relatório final com minhas considerações, que englobam todas as disciplinas:
http://pt.calameo.com/read/0045773887abfa995250f

terça-feira, 10 de novembro de 2015



Maquinaria escolar x Encantos da modernidade Pedagógica

Com o texto da maquinaria escolar podemos refletir sobre as etapas de desenvolvimento humano, sobretudo a infância e suas peculiaridades que começam a ser incluídas na sociedade, onde podemos visualizar um grande progresso.
Onde começamos entender a formação da infância ligada as classes sociais, com a família moderna e práticas educativas voltadas à necessidade de programas do governo. Nesta abordagem também temos a influência religiosa dos jesuítas que trouxeram o ensino lutando por modificações e substituições de métodos, já que as classes ricas eram as dominantes. Assemelhando-se com a autora Clarice que aborda em seu texto a modernidade que com o passar dos séculos as mudanças foram ocorrendo.
No texto de Clarice podemos entender a influencia política, onde municípios precisavam de planejamento urbano com a população crescente, buscando uma saída adotaram o turno duplo para os professores devido à escassez de verbas. Podemos observar Projeto do edifício escolar para o Distrito Federal onde as classes estão enfileiradas em frente ao quadro negro nos trazendo as lembranças do texto da maquinaria escolar e do clipe The Wall, onde o professor detém o saber e alunos são diminuídos e castigados e lhe deviam obediência.
Nos anos 20 e 30 a escola se reinventa e são apresentadas como o movimento fundador da modernidade pedagógica no país e percebemos as mudanças através de novas arquiteturas, extensão das salas de aula incorporando anfiteatros, a biblioteca, as salas de leitura, o refeitório, os jardins, as "áreas livres".
Através dos progressos com o passar dos anos a escola ganhou com as mudanças curriculares e introduziu o cinema educacional, a rádio educativa, os coros orfeônicos, a diversidade dos livros didáticos e a disseminação de práticas pedagógica com a figura de um novo professor.
Essa cultura escolar é percebida como conjugado de normas e práticas causadas de acordo com a história por sociedade, governo e determinadas pessoas com finalidades específicas, que estão incluídas à definição dos saberes a serem ensinados, das condutas a serem transformadas e de todo uma metodologia não só de transferência de saberes, mas de alteração de rotinas pedagógicas.
Atualmente, a criança parece se situar como um sujeito que detêm seu espaço na sociedade, um indivíduo exigente, questionador, possuidor de mercado consumidor, leis, programas televisivos e ciências dedicadas a elas. E conclui-se que a idéia de infância é extremamente moderna.
Nesse significado, identidade e alteridade andaram unidas como classes sociais e políticas. O moderno está cheio de incertezas, contradições, indeterminações, pois algumas pessoas defendem a democratização e outros acreditam mais na postura autoritária. Pensando na prática pedagógica o moderno e o tradicional complementa-se.





segunda-feira, 9 de novembro de 2015




A diferença étnico-racial em livros brasileiros para crianças:
 Análise de três tendências contemporâneas

1º Tendência apresenta abordagem de como lidar com o preconceito:
As narrativas contemporâneas  trata-se das diferenças étnico-racial, onde negros sofreram preconceito e foram discriminados, em função da sua cor e cabelos enrolados entre outros...
Conforme demonstrou Kaercher (2006), ao analisar obras de literatura infantil incluídas numa das primeiras edições do Programa Nacional de Biblioteca da Escola, a racialização imprime “cor” aos personagens negros e tornam “incolores” os personagens brancos.
2 º Tendência segue outra direção de conflitos e não tem como assunto principal as questões étnico-racial, porém apresenta diversas reflexões pedagógicas.
3º Tendência   traz abordagens sobre a diversidade e diferenças num contexto cotidiano,  buscando reflexões por meio das semelhanças e diversidades entre as pessoas.

As três tendências dos livros infantis apresentam uma perspectiva contemporânea, que apesar das diferenças dos temas segue com propósito pedagógico a oferecer as crianças leitoras.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015



Analise da reportagem com o artigo, considerando os conceitos de gênero e sexualidade.

Falando sobre o conceito da infância ligado a questões de gênero e sexualidade, escolhi uma reportagem do jornal Gazeta do Sul que aborda a erotização da infância e traz a discussão do projeto de lei que proíbe a realização de concurso de beleza para menores de 16 anos visando conter a sexualidade excessiva das crianças.
Walkerdine (1999, p.84) chama atenção para o fato de que essa idéia da pequena sedutora, veiculada amplamente pela publicidade, "é um fenômeno que carrega tanto o desejo sexual adulto quanto as fantasias altamente complexas da própria menina". Somos subjetivados pelo que vemos e ouvimos. Ruth Sabat (1999) lembra que as imagens estão carregadas de sentidos, sendo, portanto, educativas, na medida em que nos ensinam como devemos agir, que hábitos podemos cultivar, o que é possível desejar.
Conforme Shirley Steinberg (1997; 2001), o mercado á partir da década de 50 visualizou as crianças como possíveis consumidoras, conduzindo diversos produtos para este tipo de público. Usou o movimento feminista para passar a idéia de que a ‘expressão da mulher’ e sua ‘independência’ estaria atrelada a roupa, maquiagem e ao cigarro muito comum em propagandas e revistas da época.
Como nos lembra Edvaldo Couto (2000). Para Mary Del Priore (2000, p.96), a construção social de uma identidade feminina está calcada, nos dias atuais, "quase que exclusivamente na montagem e escultura desse novo corpo... um corpo cirúrgico, esculpido, fabricado e produzido, corpo que é o centro das atenções e fetiche de consumo".
 Fazendo uma conexão da reportagem com o artigo, as mídias impõem padrões de beleza inclusive no universo infantil através da televisão, revistas, desfiles de ‘moda’ construindo valores e conduta para cultura em massa, usando a erotização da infância pelo meio de concurso de misses onde crianças sofrem com rotinas estressantes, maquiagens inapropriadas, penteados e coloração nos cabelos.
O conceito de gênero, por sua vez, surgiu para se contrapor à idéia de uma essência (masculina ou feminina) natural, universal e imutável, enfatizando os processos de construção ou formação histórica, lingüística e socialmente determinada. A constituição de cada pessoa deve ser pensada como um processo que se desenvolve ao longo de toda a vida em diferentes espaços e tempos (FELIPE, 1998).

Destacando mudanças sociais e culturais na sociedade que ocorreram nas ultimas décadas é cada vez mais comum ver nos dias de hoje crianças e adolescentes preocupadas com estes ‘padrões de beleza’, influenciadas pelas mídias, do capitalismo e consumismo de uma cultura em massa passando a ideia de beleza como sinônimo de saúde.



No mesmo seguimento o artigo aborda Retratos de uma Infância Contemporânea: os bebês nos artefatos visuais, onde é fundamentada pela inocência, isento de maldades e imperfeições que provocam carinho no olhar.
Autora utiliza a expressão  ‘soft‘ para indicar este momento da infância nos artefatos, a mídia utiliza imagens de bebes branco, fortes ,de olhos claros e afáveis para marketing dos seus produtos. Utilizando as marcas Pampers, Jonhson´s e Huggies Babies para estudo.
Ligando a mesma como se esta fosse o período mais excelente do mundo, macio, delicado, fofo, repleto de meiguice e alegrias. Influenciando na hora da escolha do produto.
Uma imagem, não é apenas uma imagem. Ela é carregada de significados e significações, e pode ser tomada como um produto cultural, ―as representações visuais (...) ensinam a olhar e a olhar-s, contribuindo para a construção de representações sobre si e sobre o mundo (...)‖(HERNANDEZ, 2007, p.32).